domingo, 5 de junho de 2011

Eu e a solidão

Isolamento. Vazio.
Depois de ver uma peça musical, saí sem rumo pelas ruas de São Paulo. Fazia frio, muito frio, as pessoas andavam mais juntas na rua, eram comum andarem de três ou quatro pessoas de braços entrelaçados ocupando espaço na calçada e se aquecendo do frio. Cheguei na Avenida Paulista, o caos de um Domingo qualquer me dava um certo prazer por estar alí, no meio do caos e do movimento; eu caminhava por entre as pessoas, desviando de suas longas filas de pessoas juntas. Eu saia do Masp e andava sentido...sentido...bem eu não sei ao certo pra onde eu andava, mas era necessário, parecia que tudo era muito marcado, como uma partitura, e até meu celular, minha armadura de distração, estava sem bateria. Eu caminhava reto rumo ao norte, com muito frio e só. Eu me senti sozinho, e frio era como se eu estivesse nú. O vento penetrava por entre os tecidos finos de minha camisa e cortava meu corpo com geladas rajadas, era doloroso. Me empurraram, ou esbarraram não sei, e eu tive que continuar andando...andando...e chorando...estar alí na Avenida Paulista, um marco na metrópole, cheia de gente, de povo, de vazio. Eu não tinha ninguém e estar alí foi apenas um toque, um estalo. O fato de não ter nem com quem comentar o quanto o teatro foi maravilhoso foi apenas uma maneira incerta que o destino arrumou pra me dar esse alerta. Eu não tinha como fugir, eu estava só.
Talvez limpar as lágrimas seja uma forma de me animar, de dizer pra mim mesmo que isso não importa, e que o tempo e o destino, esses dois mesmo que sempre me pregam peça, serão em breve generosos comigo, e poderei provar que aprendi o quanto as pessoas são importantes para a nossa vida. Fim de Domingo, fim de tarde, fim de choro...início de uma nova semana.

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