sábado, 22 de outubro de 2011

Ator do "Pânico" se diz burro, critica público e desiste do teatro

Eduardo Sterblitch (à frente) diz que desistiu de fazer sua peça, que tinha trechos de filmes e até banda (atrás)
Sempre que Eduardo Sterblitch traz sua peça a São Paulo os ingressos se esgotam. Mas ele está feliz? Não. O ator, que interpreta o Freddie Mercury Prateado no programa "Pânico" (RedeTV), sabe que todo mundo vai lá só para ver o "moço da TV", que ri de qualquer coisa e não está nem aí pra nada. "Teatro não tem mais importância, principalmente para os jovens. Não adianta. Teatro só é importante para velhos ranzinzas", diz Sterblitch à Folha, ao contar que desistiu de fazer sua peça "Minhas Sinceras Desculpas". "Na verdade, o burro sou eu. O público de teatro quer assistir à televisão. Por isso não farei mais a peça. Desisti", revela. "Além disso, é uma pena ver amigos jovens dessa área que não têm oportunidade nenhuma. Que se matam de estudar teatro para perderem o papel para a Thaila Ayala." As últimas sessões ocorrem no Citibank Hall (zona sul de São Paulo), onde a comédia está em cartaz às segundas-feiras, até 28 de novembro. Durante as apresentações, o ator chega a dizer isso tudo em cena, que o público só está lá para ver os personagens do "Pânico", que não entende o que é bom ou ruim e que, por isso, acaba sendo tudo em vão.

Conversa com Eduardo Sterblitch:
Guia Folha - Na peça, tem algum "fundo de brincadeira" quando você diz que o público que foi lá ver seu show é burro?
Eduardo Sterblitch - Não. Na verdade, o burro sou eu. Aprendo isso diariamente. Aprendo que realmente não sou suficiente como artista. O público de teatro quer assistir à televisão. No entanto, o público não precisa se provar como público. Por isso não farei mais a peça. Desisti.
Alguém já se ofendeu, te xingou ou reclamou, de alguma forma?
As pessoas são educadas. Nunca me destrataram durante a peça. Até porque a pessoa que acredita em uma peça de teatro não merece estar em um teatro. Minha intenção era fazer isso, talvez. Mas não dá. Não importa pra ninguém. Ninguém se importa mais com nada.
Mas tem alguma maneira de fazer o público dar valor ao que é realmente bom ou nem adianta?
Não. O público nem sequer pensa nisso. Os serviços de mídia, jornalistas, ninguém se preocupa. Como eu disse, as pessoas não estão preocupadas em assistir à minha peça. Estão preocupadas em ver de perto o cara da televisão e, quem sabe, tirar uma foto. Teatro não tem mais importância. Principalmente para os jovens. Não adianta. Todos querem se divertir. Teatro só é importante para velhos ranzinzas. Essa minha peça me provou a não importância dela, de se realizar algo e da falta de conhecimento do público com o teatro. As pessoas consomem teatro errado. Além disso, é uma pena ver amigos jovens dessa área que não têm oportunidade nenhuma. Que se matam de estudar teatro para perderem o papel para a Thaila Ayala.
Tem alguma comédia teatral em cartaz que você indicaria, que você acha que vale a pena?
Eu indico continuar vendo televisão. É mais confortável, fácil... ou assistir a "stand-up comedy". É engraçado, agradável...

Fonte: Folha de São Paulo
http://guia.folha.com.br/teatro/993596-ator-do-panico-se-diz-burro-critica-publico-e-desiste-do-teatro.shtml

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Solidão, a Comédia

Besteirol? É isso mesmo produção?
Então...besta sou eu. Ah...vou abrir o jogo. Só fui ver a peça porque falava sobre Solidão, e ah...porque tava do lado do CRD, e eu tinha que entrar no trabalho voluntário ás 00h. A peça, no Espaço Next, do lado..eu...sozim..pá..resolvi ver a peça jurando que era um Stand Up que me faria raiva, mas ao menos sairia dalí brincando com esse tema que me inqueta, olhando para o cartaz, nem dei mta bola para o que vi..só um ator muito bem aparentado, o que me fez não pensar duas vezes e pegar logo a primeira fileira.
Ah...tomei um tapa na cara bem forte. O N.Ex.T é um lugar apaixonante, com estilo Cabaret, com palquinho luz e tudo mais...#EuGosto! Mas nem entendi aquele estilo bar para um teatro, logo fui tentar entender como funcionava alí, mas fiquei distraido com uma exposição "Assim Era o Besteirol"... de fato eu não entendia muito o que era aquilo tudo, mas ( eu odeio usar esta expressão), ...mexeu comigo. A década de 80, a caricatura do comportamento cotidiano, Falabella , Karam, e o apaixonante "Riso Crítico"; nem terminei de ver as coisas e a peça ia começar, daí sim..vim um espaço indicado o teatro mesmo, onde a coisa toda ia acontecer.

Fui surpreendido, por um texto muito doce e delicado, um conteúdo dramático complicado, mas muito engraçado. Maurício Machado conquista em cada um dos cinco personagens , parte do público, consegue atingir o ápice quando faz a platéia rir sem parar de uma situação e depois a plateia para e reflete, sem interrupção. Cinco personagens clássicos, em crises de solidão, um mais curioso que o outro, uma critica gostosa, que consegue fazer olhar pra nós mesmos de forma gostosa, e ir saboreando cara gargalhada com um êpa.. acho que já fiz isso!  Mas eu...ah..me emocionei, acho que meu erro foi me identificar com um dos personagens que por opção, esqueci qual era. No final, o ator aparece de cara limpa e "amarra" as cenas de forma simples e poética....eu num queria sair dalí naum, era muita coisa para eu degustar, mas sai dalí por último, com uma vontade de fazer aquilo alí..hahah é raro. Não é sempre que vejo uma peça e tenho vontade de atuar alí, na mesma, geralmente leio ou vou conhecendo o autor...etc..mas essa...essa bendita peça...
daí tive que sair correndo e ir trabalhar.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Nervoso, eu?
Imagina...
Claro que sim!
Mas o fato que me inqueta é a critica tão pesada que faço vejo as peças de escola de teatro, vejo montagens tão...tão frias, atores com medo, ou textos pesados ( na verdade o diretor/professor tem muita culpa nisso). Hoje, enquanto repasso meu pouco texto comigo mesmo, percebo o quando fui idiota em criticar tanto as montagens de escola. A minha insegurança só me mostra o mesmo que possivelmente muitos alí sentiam ao pisar no sagrado solo de um palco pela primeira vez.

Subo nesse palco, minha alma cheira a talco como bumbum de bebê...de bebê ( isso..é Gil)
Naum tem mto a ver com nada, mas falou sobre palco e tava falando sobre teatro..rs

Mas voltando ao assunto... estou com três personagens, de primeira eram dois, mas no ensaio de Domingo, dia 16/10, ganhei um presente da diretora, acho que o terceino personagem que aparce bem pouco, custura a trama somente para dar apoio as trocas de ambiente das cenas, mas essa figura bem simples vai me dar um apoio que eu queria muito, e vai me divertir, ouvi tanto isso em "diversão" no palco, que estou me preparando mais para isso, buscando não me focar muito na visão do outro no sentido de diversão, mas no meu; e desta forma vou conseguir "ganhar" a diversão dele.
Komplikei?
È simples. Acredito que estando em palco, e me divertindo em cena, vai convidar a platéia a também se divertir. Nada melhor que algo tão gostoso, sem pressão em ser engraçado, ser fantástico, fabuloso...sei lá... mas buscar me desvelar em cena "me mostrar" , expor esse meu "eu" hilário que possue em mim, nada além disso, eu.

sábado, 8 de outubro de 2011

Fazer Teatro...


" O propósito do teatro é fazer o gesto recuperar o seu sentido, a palavra, o seu tom insubstituível, permitir que o silêncio, como na boa música seja também ou...vido, e que o cenário não se limite ao decorativo e nem mesmo à moldura apenas - mas que todos esses elementos, aproximados de sua pureza teatral específica, formem a estrutura indivisível de um drama."

Clarice Lispector