terça-feira, 31 de maio de 2011

Eu errei.

Sabe aquele erro que cometemos, em fazer o que é mais provável que a gente faça? Ou aquele erro que por mais simples que seja, e que você pense: “Isso nunca vai acontecer comigo!" Por mais que acreditamos nos conhecer, por mais que tenhamos plena certeza de nossos limites, ás vezes reagimos de uma forma inesperada, nosso sentimento atinge áreas que não esperávamos que fosse chegar, então o erro aparece. Assumir ou não o fato é algo desnecessário, o que tinha de ser feito aconteceu.  Eu errei.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Um sentimento

Porque está mudando?

Que torne ao menos um sentimento...
Um sentimento forte

Seja a força que anima o tempo incerto
que habita os dias estranhos de inverno
e as tardes claras de verão
Algo que mova sonhos,
que inquete os valores e limpe lágrimas
que crie esperanças e arrume a gola da camisa

Pode ser aquele que cala
aquele que fala, que diz
que responde e indaga, aquele que chama

aquele que abraça

Pode ser...ah..pode ser você mesmo tá?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pra você eu digo sim!


Pra Você Eu Digo Sim


Se eu me apaixonar
Vê se não vai debochar
Da minha confusão
Uma vez me apaixonei
E não foi o que pensei
Estou só desde então...

Se eu me entregar total
Meu medo é!
Você pensar que eu
Sou superficial...

Se eu não fizer
Amor assim sem mais
Se você brigar
E for!
Correndo atrás de alguém
Não vou suportar
A dor de ver
Que eu perdi
Mais uma vez meu amor
Uuuuh!...

Mas se eu sentir
Que nós estamos juntos
Longe ou a sós
No mundo e além
Pode crer que tudo bem
O amor só precisa de nós dois
Mais ninguém
Uuuuh!...

Se você quiser
Ser meu namoradinho
E me der o seu carinho
Sem ter fim
Prá você eu digo:

Sim!...


( Versão Rita Lee de uma Composição de John Lennon, Paul McCartney)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Desabafo

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, 
já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, 
já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, 
outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, 
já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... 
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer,
 já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. 
Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram...
 Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarisse Lispector

Meu amigo chato

Eu amigo me disse:  Estou chato!
Soou rápido como se ele estivesse me chamado de chato, nem dei importância. ...
Mas depois, pensei e achei tão gostoso ouvir isso, era como uma aposta,  um convite,  ou algo do tipo,  fiquei perturbado com a idéia única de ser desafiado de forma tão clara, objetiva.
Por um instante rápido retirei o véu da distância entre eu e o outro, e ouvindo essa frase tão simples percebi o quanto de coragem e considerarão ele tem por mim. Eu me senti único. Em raros momentos  e raras pessoas tem o peito de retiram a máscara imposta pela vida, e se mostrarem como são ou como estão sentindo, e ele ali, diante de mim disse isso, com naturalidade e com medo de eu me machucar.
Aquele convite desafiador me remeteu dezenas de possíveis formas de falar que num era bem assim, e aquele roteiro comum que todo mundo fala....mas eu...
eu resolvi concordar, piorando as coisas....: Sim, está mesmo.

Saímos, nos divertimos um pouco etc... tive plena certeza que ele estava mesmo chato, e acho que por isso mesmo,  pude perceber que  foi perfeito. A promessa de sinceridade é uma daquelas facas que possuem dois gumes, ou uma arma que pode ser utilizada para o bem e para o mal, mas talvez havíamos chegado num ponto tão curioso em que bem, mal, não fizesse diferença, e que a verdade por mais inconveniente que seja era só mais uma verdade, algo a mais, força que rege uma relação simples e forte.

Chato,  só você sabe o quanto também sou chato.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Das coisas que não devo dizer


[...]
Era frio.
Não sei dizer se fazia mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do meu coração.
Provavelmente competiam.

[...]
São as coisas bobas que me encantam,
e são as sinceras que me apaixonam

[...]
A verdade é que todo mundo vai te machucar.
Você apenas tem que encontrar aqueles pelo qual
vale a pena sofrer.

[...]
A felicidade é tipo um meio termo, entre a carência e o excesso.

domingo, 22 de maio de 2011

O Doce Mistério da Vida



Minha vida que parece muito calma
Tem segredos que eu não posso revelar
Escondidos bem no fundo de minh'alma
Não transparecem nem sequer em um olhar
Vive sempre conversando à sós comigo
Uma voz eu escuto com fervor
Escolheu meu coração pra seu abrigo
E dele fez um roseiral em flor

A ninguém revelarei o meu segredo
E nem direi quem é o meu amor

(Victor Herbert / Rida Johnson Young .Versão: Alberto Ribeiro)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Exame de Consciência

Eu sei, existem coisas que precisamos falar pra nós mesmos algumas vezes, concordo com os animados que dizem ser importante cantar mantras ou frases de auto-estima, mas não falo de questões tão ..tão metafísicas, sou virginiano, concreto, "certinho"..rs...
Gosto nesse ponto de ser realista, e aprendí com um grande amigo meu que ás vezes temos de abrir o jogo com nós mesmos e dizer nossos erros e acertos, taí uma coisa pra se fazer tomando cerveja sozinho...

Mas como não bebo ( é sério), resolvi antes de dormir fazer isso que os mais católicos chamam de "Exame de Consciência", mas....percebi que ando tão longe de ser tão religioso assim...

Me enfrentando percebi que estou diferente...
Consumido pela cidade ?
Tentação demoníaca?  (rs)
Corrompido pela situação atual da sociedade brasileira? ou
Influenciado pela atual decadência dos valores da juventude?


Nada disso.

Percebi que eu amadureci. As incontáveis ocorrentes que utimamente me desafiaram não fizeram mais do que me deixar mais forte, mas não sou tão egoísta ao ponto de me gloriar assim, tenho certeza que todos nós somos assim, se pararmos para pensar, vamos lembrar de grandes batalhas vencidas, diversas lutas ganhas e nenhuma grande comemoração...
Tá na hora de você tirar um tempo pra você, aliás...precisa se manter bem para as próximas que virão, ops...desculpa,
mas é certeza, virão.

Calma...depois da chuva, tem sempre a tempestade...ou melhor...o sol.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Aqui?

Você vem sempre aqui?
Aqui?
Sim..aqui....
Como assim sempre?
Quero saber se você tem o costume de vir aqui.
Costume de vir..estar?
Sim, você vem sempre aqui?
Acho que está havendo algum engano...
Engano? Eu só quero saber se você diariamente...
Diariamente? Que história é essa de querer saber o que faço diariamente?
Calma....é que eu...venho
Venho?
É, eu tenho o costume ...ás vezes é bom...
Olha não quero saber disso, vamos acabar com esse papo!
Papo? Que..”papo?”
De “sempre aqui”...
Não entendi...
Você vem sempre aqui?

sábado, 14 de maio de 2011

Oração- A banda mais bonita da cidade

Oração


Meu amor essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na dispensa
Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois
Cabe até o meu amor
Essa é a última oração pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na dispensa
Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe essa oração

Composição : Leo Fressato

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Roberto Zucco

Curioso, eu? Sim!

Demorei um pouco, mas não me resisti ao Zucco. Já havia tentado comprar ingresso em outras oportunidades mas não encontrava mais convites para vender, era quarenta lugares, contados, exatos...eu achava estranho até porque a platéia do Satyros I eu conheço muito bem e sei que sempre cabe mais um ali...mas o fato é que enrolei bastante até consegui sentar na minha primeira fileira e me deixar levar pelo fabuloso e curioso universo desenhado por Rodolvo García Vázquez; que aliás pude cumprimentá-lo e dizer: “ Hei! Sou aquele carinha do facebook que já assistiu Hipóteses sobre o amor e verdade exatas dez vezes!”, e ainda complementei: “- Eu já sei até alguns trechos decorados mas não me canso de ver.” Acho que ele se assustou comigo....rs, mas ainda espero um dia que ele me dirija. #momentosonho
O texto é impactante, escrito por Koltès em 1988, e o diretor consegue enxugar o tempo tornando ele perceptível, mas adaptado de certa forma, podendo até ser aplicado nos dias de hoje. A profunda transformação moral e efetiva ocorrida nos nossos últimos 30 anos. O autor colocou muito de si no texto, questionamentos interessantes tornam a peça mais humana, real, e ajuda na interpretação no sentido que dão mais naturalidade aos argumentos, coisas comuns.
O elenco é divino, a Cléo de Páris e Julia Bobrow possuem uma comunhão em cena que eu só pensava existir nos livros de Stanislavisk, era como se ele tivesse dado as coordenadas de alguma forma, não sei, mas me inquietou, conseguem uma transparência, uma verdade na relação entre irmãs única, que mesmo que se eu tentar explicar vou apenas me enrolar, e conseguem “vender” que são irmãs e ponto final. O Robson Catalunha é um daqueles atores que consegue nos hipinotizar, tem certo “dom” de trazer nos olhos um perigoso poder de nos convencer, algo extremamente importante para um ator; de estatura baixa ( acho que somos da mesma altura), brinca diversas vezes com o fato de bandido e mocinho, ele consegue ser os dois ao mesmo tempo, nos faz torcer pelo êxito de seus planos e suas artimanhas. Em cada assassinato um novo intenso jogo de argumento é lançado, a platéia se movimenta, personagens surgem de diversos lugares dinamizando e quebrando a “particularmente odiada” quarta parede. No fim, também nos tornamos vítimas do Roberto, caímos em seu argumento, em seu jogo, num jogo rápido ele foge, e ficamos ali...sem ação, como vítimas reais.

Luzes, movimento, sustos, gargalhadas, lágrimas , efeitos e até um número musical, ajudam a contar essa curiosa história. Eu me torno suspeito a falar, estou apaixonado pela forma de adaptação do diretor Rodolfo, que conquistou seu espaço em meus favoritos. Encontro no Satyros uma forma de arte que me encanta, e que não nos deixa passivos na peça. 

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sozinho mesmo

                                                                                   
 -Sente a humilhação:

Até o chinelo tem um par
e você não;

O shampoo tem o condicionador
e você não;



Solidão não mata. Mas maltrata!