sábado, 5 de março de 2011

O que eu faço?

O que eu faço?
O que eu faço agora?
Me fale, o que eu faço agora?
Com essa chuva que convida a um abraço
Um frio que brada por um calor
A noite espera por um beijo seu
Mas...acabou

Me diga, o que eu faço?
A minhas mãos procuram um lugar
Meus lábios não inqueitam
Minha cabeça não para
Onde você está?

Me diz...
Compartilho com você essa noite tão fria
Porque não percebe que estou no mesmo lugar?
No ápice da solidão revejo sua face sobre meu peito
Seu assobio fraco soprando meu pescoço
Seu beijo calando a cidade que não para
Vejo você dormindo enquanto a lua traça planos para te espiar...

Mas você, você não me diz nada...
O teu silêncio me ensurdece, fere.

Será que não percebe que sente falta de mim?
Ou é forte o bastante para me esquecer?
É um animal sem sentimento?
Ou uma arte bajulada por todos?

O que faço?
É, me responda!

(...)
A saudade me machuca,
me alucina,
me embriaga,
me mata.

Mas me diga,
me diga ao menos onde você não está.
Ao menos assim, teria lugares para poder te procurar, caçar...

Mas me diga, o que faço?
E burocráticamente recorro a diversos lugares
caixas, e-mails, ruas, lares
faces
Mas não te encontro.
Se eu ao menos pudesse saber que está onde eu não posso ir,
Eu não seria eu...e iria te buscar.
Apenas para te injuriar...
questionar...
perguntar:

-O que eu faço agora?

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