quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

- O que é que eu faço?


O que eu faço?



O que eu faço agora?

Me fale, o que eu faço agora?

Com essa chuva que convida a um abraço

Um frio que brada por um calor

A noite espera por um beijo seu

Mas...acabou

Me diga, o que eu faço?

A minhas mãos procuram um lugar

Meus lábios não inqueitam

Minha cabeça não para

Onde você está?

Me diz...



Compartilho com você essa noite tão fria

Porque não percebe que estou no mesmo lugar?

No ápice da solidão revejo sua face sobre meu peito

Seu assobio fraco soprando meu pescoço

Seu beijo calando a cidade que não para

Vejo você dormindo enquanto a lua traça planos para te espiar...

Mas você, você não me diz nada...

O teu silêncio me ensurdece, fere.

Será que não percebe que sente falta de mim?

Ou é forte o bastante para me esquecer?

É um animal sem sentimento?

Ou uma arte bajulada por todos?

O que faço?



É, me responda! (...)

A saudade me machuca, me alucina, me embriaga, me mata.

Mas me diga, me diga ao menos onde você não está.

Ao menos assim, teria lugares para poder te procurar, caçar...

Mas me diga, o que faço?

E burocráticamente recorro a diversos lugares caixas, e-mails, ruas, lares faces

Mas não te encontro.

Se eu ao menos pudesse saber que está onde eu não posso ir,

Eu não seria eu...e iria te buscar.

Apenas para te injuriar...

questionar...

perguntar:



-O que eu faço agora?


Nenhum comentário:

Postar um comentário